Apesar de toda a tecnologia —GPS, radares e sonares — quem se aventura pelo mar ainda mantém algum tipo de superstição. Esta superstição pode ser desde um amuleto da sorte ou azar. As superstições marítimas são bastante antigas, e pertencem a uma época em que a navegação tinha muito mais componentes de sorte do que de segurança e planeamento. Essa precariedade fez com que os antigos marinheiros desenvolvessem crenças de modo a que pudessem sentir algum conforto e esperança contra o medo da desgraça e da morte. Hoje em dia, apesar de toda a segurança disponível, busca e resgate de bombeiros e marinha, o mar ainda reserva surpresas e mantém-se por vezes bastante imprevisível. Algumas superstições marítimas mais conhecidas e que chegaram aos nossos tempos são: - Nunca rebatizar uma embarcação; - Colocar uma moeda de prata sob o mastro quando se arvora a embarcação; - Nunca dizer “boa sorte” a alguém que esteja numa embarcação; Não dizer a palavra "coelho" a bordo; não aceitar plantas nem flores a bordo; não sair (de um porto) a uma sexta-feira. As origens de cada uma das superstições muitas vezes têm uma explicação lógica: "coelho" porque os roedores tinham o mau hábito de roer os cascos dos navios quando eles eram em madeira e eram terminantemente proibidos a bordo; as flores, porque consumiam água doce, o bem mais precioso no mar; sair à sexta-feira porque antigamente os marinheiros eram pagos à sexta-feira, e encontrar um a bordo em estado de servir era impossível. No entanto apesar das explicações o ideal, nem que seja para conforto da alma, é mesmo respeitarmos as superstições!
Nó - Medida de velocidade da embarcação equivalente a uma milha náutica por hora ou 1,852 quilómetros por hora.