A bússola, mais conhecida pelos marinheiros como agulha, é sem dúvida o instrumento de navegação mais importante a bordo. Baseia-se no princípio que um ferro natural ou artificialmente magnetizado tem em se orientar segundo a direção do campo magnético da Terra. Os chineses conheceram-na muito antes dos europeus. Foram aqueles os primeiros a fazerem uso da propriedade da magnetite para procurarem os pontos cardeais. O Norte tinha extrema importância na sua cultura e por isso o imperador estava sentado no trono a Norte do palácio olhando para Sul. As bússolas não servem só para seguirmos ou marcarmos rumos. Podem ter ainda acoplados acessórios que nos permitem achar a declinação ou ainda facilitar a marcação de azimutes chamando-se estas de marcar. Em embarcações de recreio usam-se para marcações de azimutes bússolas portáteis. Têm a vantagem de podermos desprezar no cálculo o desvio desta já que podemos escolher um local na embarcação livre, ou quase, de interferências magnéticas. Modernamente, e devido à instalação das agulhas em painéis quase verticais, deixando assim de estar colocadas em bitáculas, as rosa-dos-ventos têm um rebordo que permite a sua leitura também na horizontal.
Declinação (D) - é o ângulo compreendido entre o Norte verdadeiro (Nv) e o Norte magnético (Nm). Varia de local para local e no mesmo local lentamente com o tempo. Conta-se em graus e toma valor positivo (+) quando a partir do norte verdadeiro para o norte magnético cai para E - Leste e negativo quando cai para W - Oeste.