O diário de bordo é um precioso auxiliar de navegação. Existem alturas em que o registo deve ser obrigatório. Todos os inícios do dia, mudanças de turno, alterações de rumo, marcações do ponto, alterações significativas do mar ou do tempo, etc. Numa viagem oceânica, quando nos cruzamos ou estabelecemos um contacto com outra embarcação, anotaremos o local do contacto, a nacionalidade, o rumo e o tipo do outro navio. Estas entradas poderão ter os seguintes dados: Hora (UT); Posição (latitude e longitude); Rumo; Milhas marcadas no conta-milhas; Velocidade do barco; Vento (direcção e velocidade); Tempo (pressão, temperatura, humidade); Outros dados interessantes. No final da viagem, à chegada encerraremos o diário dessa viagem anotando: Porto e hora da chegada; Horas do motor; Milhas do conta milhas; Horas e milhas gastas; Tripulação que chegou (pode haver trocas nas escalas efetuadas). A experiência ditar-nos-á os elementos que são mais importantes, até porque não fará muito sentido fazer um registo muito completo numa saída de um dia quando damos apenas uma voltinha. Ao invés, numa travessia longa de alguns dias ou semanas o registo torna-se útil nos dados para navegação, e mais ainda numa sempre possível e indesejável avaria. De alguma forma, o diário de bordo tem uma função semelhante à da caixa negra de um avião, na medida em tudo fica registado, pelo que é essencial em termos de segurança marítima. É organizado de forma cronológica, facilitando assim a localização dos conteúdos para efeitos de inspeção, de inventário ou ainda em caso de acidente.
Mastreação - Conjunto de mastros, retrancas, estais, brandais e demais peças que suportam as velas.