Seguimos em frente, e depois de muito pensarmos (ou não) lá tomamos a decisão. Esta primeira decisão não será nem a última nem a mais difícil, pois nem temos bem a noção das situações que nos esperam mas, como em tudo na vida, a novidade atrai-nos, bem como a ideia dos momentos de lazer que iremos passar a bordo da nossa própria embarcação. No entanto, a necessidade de procuramos apoio impera e consultamos família, amigos, conhecidos e todos aqueles que se atravessam à nossa frente. A resposta que queremos ouvir é óbvia mas, por descargo de consciência lá sentimos a necessidade do apoio dos outros. É algo que faz parte da génese do ser humano. As opiniões divergem, desde a dos mais levianos que, mesmo sem saber do assunto, nos encorajam e incentivam, despreocupados com o risco que corremos e pensando já no benefício de usufruir de algo sem qualquer tipo de preocupação ou custo, até aos mais dramáticos que nos descrevem cenários dantescos que nos incutem algum receio e preocupação. É falsa a ideia de que quem se aventura com barcos só tem dois dias felizes: o da compra e o da venda, na generalidade transmitida apenas por aqueles que tomaram decisões levianas. Sim, comprar um barco sem sequer saber se enjoamos é prática comum. Cuidado! O entusiamo cega-nos mas a paixão move-nos!
Popa - ou ré é a secção posterior de uma embarcação que se opõem à proa.